domingo, 8 de janeiro de 2012

Carbonífero

                                                    
Na escala de tempo geológico, o Carbonífero ou Carbónico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 359 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Carbonífero sucede o período Devoniano e precede o período Permiano, ambos de sua era. O nome é devido à ocorrência de vastas camadas de carvão, que se extendem pela Europa do norte, Ásia e América do Norte.

O “carbonífero“ pode ser decomposto em Mississipiano (carbonífero inferior) e Pensilvaniano (carbonífero superior) nos Estados Unidos. Este sistema foi adotado para distinguir na maior parte como camadas de carvão que fazem parte do Pensilvaniano e a de rochas calcárias o Mississipiano.

    O período de Pensilvaniano é identificado pelas grandes jazidas de carvão que existem no mundo datadas desta época. Os fósseis de vida marinha caracterizam o período Mississipiano.


No Carbonífero Inferior:
    - em termos geotectônicos, no início do Carbonífero havia tres grandes blocos continentais: Laurasia (América do Norte, Groenlândia e Oeste da Europa), Sibéria (leste da Europa e leste da Ásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Antártica e Austrália).
    - o clima era quente e húmido, foi marcado por um aumento do nível dos oceanos, que alagou muitas terras baixas criando mares litorâneos rasos.
    - predominam sedimentos marinhos. Calcários biogênicos são típicos, com abundantes fósseis de crinóides e braquiópodes, e muitos recifes de corais.
                                                                             Carbonífero inferior







No Carbonífero Superior:
     - predominam sedimentos fluvio-lacustrinos.
     - a fauna típica consiste, basicamente, de moluscos de água doce, peixes e raros anfíbios, bem como as primeiras evidências de répteis.
     - a flora era expressiva, e consistia, predominantemente, de plantas vascularizadas, semelhantes à samambaias, que chegavam a 20 metros de altura. Essa abundância de plantas transformou o Carbonífero num período importante em termos econômicos, já que comporta, a grande maioria  das reservas mundiais de carvão e importantes depósitos de petróleo e xisto betuminoso.
     - Esses três blocos: Laurasia (América do Norte, Groenlândia e Oeste da Europa), Sibéria (leste da Europa e leste da Ásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Antártica e Austrália), que se moviam em rota e colisão,  no final do período já estavam amalgamados, constituido o supercontinente Pangea.

 
Nesse cenário de amalgamação de terrenos, a colisão entre Laurasia e Gondwana gerou as orogenias Herciniana (ou Variscana), que afetou as ilhas britânicas e o oeste da Europa, e Apalachiana, na América do Norte.
A colisão da Sibéria com Laurentia gerou a orogenia Uraliana.
No bloco Gondwana ocorria uma extensa glaciação, que foi responsável pelas baixas taxas de sedimentação observada na primeira metade desse período (Caputo & Cromwell, 1985).
 
Apesar do predomínio de rochas sedimentares, algumas regiões apresentam evidências de vulcanismo, como por exemplo Inglaterra e leste da Austrália.


                                          grandes florestas do carbonifero superior




Um dos aspectos marcantes do Carbonifero foi a proliferação das florestas e de novas formas de vida vegetal, Entre os principais gêneros fósseis botânicos do Carbonífero podemos destacar Calamites, Lepidodendron e Sigillaria. Em relação a fauna, dentre os animais, se destaca a extinção total dos graptólitos e dos peixes mais primitivos (como os placodermos, por exemplo). O período também merece destaque pela proliferação dos animais terrestres, com grande variedade de artrópodes e anfíbios, além do surgimento dos primeiros répteis (os primeiros vertebrados totalmente terrestres a surgir em nosso planeta) e dos primeiros animais com a capacidade de voar (insetos, muitos deles semelhantes a libélulas). Ainda falando de artrópodes, merece destacar o grande tamanho de alguns (como, por exemplo, Arthropleura e Archimylacris) comparado com os atuais, segundo crêem os cientistas, tal gigantismo destas criaturas seria consequência de uma maior porcentagem de oxigênio na atmosfera do período (sendo que se considera que os níveis de oxigênio na atmosfera naquele período superava os 35%, contra cerca de 21% da atualidade).



fontes consultadas:

Parker, S.P. - 1988 - McGraw-Hill Encyclopedia of the Geological Sciences, 2nd ed. McGraw-Hill, New York, 722p.
http://pt.wikipedia.org 
Park, R.G. 1988. Geological Structures and Moving Plates. Blackie & Son Ltd., London, 337p. 

 ESTRATIGRAFIA SÍSMICA
 Definição - Sismoestratigrafia, ou estratigrafia sísmica, é o estudo de sucessões estratigráficas através dos métodos sísmicos de prospecção.
Compreende a interpretação de refletores sísmicos e conjuntos de refletores sísmicos em secções ou blocos tridimensionais, ou seja, a Estratigrafia Sísmica é básicamente uma abordagem geológica para a interpretação estratigráfica de dados sísmicos.
As reflexões sísmicas  são geradas por superfícies física nas rochas, consistindo principalmente os estratos e superfícies de disconformidades com  contrastes de características físicas. No entanto, as litofácies e as litologias podem não ser determinados directamente a partir do geometria de padrões de reflexão.

• Para atingir esses objetivos geológicos deve seguir três etapas de interpretação procedimento:
- 1 análise da sequência sísmica
- 2 de análise de fácies sísmicas
- Análise de 3 de mudanças relativas do nível do mar

• análise da sequência sísmica é baseada na identificação das unidades estratigráficas composto por uma sucessão de estratos geneticamente relacionados denominado sequência deposicional.
• Os limites superior e inferior do sequências deposicionais são disconformidades ou suas conformidades correlativas.

                                           A revolução da estratigrafia de seqüências
 Antes:
           – preocupação com designações formais e com a aplicação dos códigos de nomenclatura.
Grande contraste entre os rápidos avanços da sedimentologia e do entendimento sobre a origem de bacias (tectônica de placas) e a ausência de modelos estratigráficos na escala de preenchimento de bacia. “Estratigrafia de camadas de bolo”.
Implicações dessa defasagem na geologia do petróleo: o modelo de camadas horizontais era insatisfatório em muitos casos, problemas de correlação.
 Depois:
           - com as evidências das secções sísmicas o problema foi revelado com clareza. Os padrões dos refletores mostravam geometrias e arranjos de camadas que eram relacionados aos sistema deposicionais (interpretados a partir de dados de poços) e também padrões de grande escala resultantes de eventos de progradação, agradação ou retrogradação. Criaram-se, então, modelos para explicar os padrões observados.
Demonstrou-se que a sobreposição de sucessões depositadas em diferentes ambientes pode ser explicada pela acção conjunta de factores externos, como taxa de  subsidência, aporte sedimentar e eustasia.






                                                                          Sísmica 3D
A partir dos anos de 1970, avanços na capacidade de armazenamento e processamento de dados sísmicos permitiram o desenvolvimento da sísmica 3d.
Arranjos de geo/hidrofones que recebem a resposta de refletores em uma faixa com largura determinada, e não apenas de uma seção bidimensional.
Esse técnica permite a interpretação de corpos tridimensionais de rochas, e possibilita a representação de seções em qualquer direção desejada, incluindo cortes horizontais (mapas sísmicos), além de mapas de contorno de superfícies específicas.
                              Exemplo de corte horizontal de bloco sísmico 3D mostrando canal.



                                                                          ARTIGO
Estratigrafia sísmica do Cenozóico na plataforma continental  algarvia: interpretação do controle tectónico da sedimentação  interpretação do controle tectónico da sedimentação
Seismic stratigraphy o/lhe Cenozoic in the Algarve continental platform: tectonic controI of lhe sedimentation
                                                    Fernando C. Lopes & P. Proença Cunha
Centro de Geocências da Univ. Coimbra; D.C.T., Fac. Ciências Tecn. Univ. Coimbra, 3000.272 Coimbra, Portugal; Prog. PRAXIS XXI - Proj. EPROMAP &: Proj. n- 313 .lfCEG/2619I9S; fcarl os@ci.uc::.pt;pcunha @ci.uc.pt.

Resumo
A interpretação de 64 perfis de reflexão sísmica na plataforma continental algarvia (paralelos 36° 20',37° 00' e meridianos 7° 20'-8° 40') calibrados com cinco sondagens profundas, com a identificação de seis unidades sísmicas cenozóicas (8 'a G) e das suas relações com estruturas tectónicas, pennitiu a construção de sucessivas cartas de isópacas (tdls) e a interprctação ponnenorizada da evolução geológica. Foram identificadas duas estruturas geológicas principais: a) a zona de fractura de Portimão-Monchique (deorientação N-S); b) o provável prolongamento para "off-shore" da fa lha de S. Marcos-Quarteira (com orientação NW-SE). Este acidente separa dois domínios tectónicos: o ocidental (onde predominam estruturas N-S, E-W e, secundariamente, NW-SE e NESW)
e o oriental (onde predominam estruturas WSW-ENE, NW-SE, NE-SW, NNE-SSW e NNW-SSE). A persistente actividade halocinética intensificou-se em dois momentos: a) sin-unidade C; b) sin- e pós-unidade E. Verificou-sc crescente flexuração da margem, com variação espacial e temporal da subsidência. Considera-se o regime tectónico como geralmente compressivo, mas a interpretação dos sucessivos campos de tensão é dificultada pcla existência de sub-domínios tectónicos e de estruturas evaporiticas.

       Problemas e/ou dificuldades principais:
 A distinção das unidades do soco acústico revelou-se mais dificil, quer devido à má qualidade de resolução a esse nível, quer pelo facto de tais unidades serem constituídas por formações muito difractantes ou mal estratificadas e que aparentam estar muito deformadas. Os seus reflectores. por vezes de forte amplitude, são descontínuos e frequentemente inclinados. O facto das sondagens estarem posicionadas em locais estruturalmente elevados levou a que, nas zonas mais afastadas, a
identificação e datação dessas unidades fosse feita com base na comparação das suas assinaturas sísmicas e grande parte das suas espessuras fossem obtidas recorrendo a critérios geométricos. A unidade mais recente identificada no soco acústico foi designada por B, sendo limitada a muro por um reflector designado por H 6. Das cinco sondagens existentes, apenas Algarve-2 não atravessa unidade A (Mesozóico). Não ,se conseguiu identificar o soco Paleoz6ico, embora se assinale a sua presença no
Banco do Guadalquivir, situado na extremidade sul da região (Baldy, 1977; Mougenot et aI., 1979).

e) Conclusões
    Durante o Cenozóico, a região estudada esteve controlada por dois importantes acidentes tectónicos:
I) a zona de fractura de Portimão-Monchique, de orientação N-S e com expressão topográfica (Canhão de Portimão), constituindo o limite tectónico ocidental da área;
2) o prolongamento para "off-shore" da falha de S. Marcos Quarteira, com orientação NW-SE e que divide a região em dois dominios tectonicamente distintos: o ocidental, onde predominam os alinhamentos tectónicos N-S, E-We, secundariamente, NW-SE e NE-SW; o oriental, mais abatido, onde se identificam significativos alinhamentos   WSW-ENE, NW-SE, NE-SW, NNE-SSW e NNW-SSE
    A actividade haloeinética, persistente, experimentou intensificação em dois momentos:
I) sin-unidade C, com a formação, no domínio ocidental, de grandes cristas evaporiticas orientadas N-S e E-W, e no dominio oriental, de estruturas evaporiticas associadas aos cavalgamentos WSW-ENE;
2) sin- e pós-unidade E., com o slibito e intenso crescimento das estruturas evaporiticas já existentes e
implantação de domos evaporiticos. Com a crescente flexuração da margem, verificou-se
variação espacial e temporal da subsidência; em geral, a subsidência incrementa para unidades mais recentes, com maiores valores no domínio oriental da região.
O regime tectónico passou de distensivo (predominante?) sin-unidade A (Mesozóico), a geralmente compressivo sin-unidades B a G (Cretácico final a Cenozóico). Contudo, neste segundo regime inferiu-se uma evolução na magnitude e orientação da compressão  máxima: sin-unidade B, a orientação foi N-S, o que provavelmente também se ajusta com o documentado Ciências da Terra (UNL), 14 soerguimento do Banco do Guadalquivir no limite sul da região estudada, durante o Cretácico final (Malod, 1982; Mougenot, 1989); sin-unidade C, o regime tectónico terá sido moderadamente compressivo, orientado NNW-SSE, a distensivo N-S. No dominio oriental, o basculamento da margem para sul terá provocado deslizamentos regionais sin-sedimentares para sul ou sudeste, ao longo da margem, sobre o Liásico evaporitico, induzindo um compensatório relaxamento local do regime compressivo; sin-unidade D, a orientação da compressão máxima terá rodado de WNW-ESE a NE-SW; sin-unidade E, a orientação da compressão máxima terá sido NW-SE no domínio oriental, mas NE-SW no domínio ocidental; sin-unidades F e G, a orientação foi NNW-SSE. O regime tectónico foi intensamente compressivo: pós-unidade B e ante-unidade C, conduzindo ao levantamento e basculamento da margem e expressando-se por uma forte discordância regional ( reflector H5); sin-unidade E, acentuando a flexuração da margem, com basculamento
para sul do sector setentrional e para norte do sector meridional (soerguimento do Banco de Guadalquivir). Não obstante estas características gerais para a região estudada, a existência de sub-dominios tectónicos (cujos limites são importantes zonas de falha), que se expressam
por diferentes jogos de blocos em tracção e compressão local, e de estruturas evaporíticas, complica a interpretação das respectivas variações espaciais e temporais do campo de tensões. Esta coexistência, durante o Miocénico, de áreas adjacentes em tracção e compressão, que também ocorre em outras regiões do Golfo de Câdis, poderá reflectir a migração para ocidente da frente montanhosa do Arco de Gibraltar (Sanz de Galdeano, 1990; Maldonado et aI., 1999).

Fontes consultadas:
- http://geology.uprm.edu
- cienciasdaterra.com
- http://www.igc.usp.br

Estratotipo de Peniche (Ponta do Trovão)

Estratotipo de Peniche(ponta do trovão)
Classificado pela Comissão Internacional de Estratigrafia ( organismo pertencente à International Union of Geological Sciences (IUGS) tutelado pela UNESCO) como o estratotipo do limite Pliensbaquiano/Toarciano — um padrão à escala mundial entre dois dos andares do período Jurássico com cerca de 183 milhões de anos.
localização geográfica:
-Ponta do Trovão em Peniche (Portugal)

Conclui-se que este é o local que apresenta o melhor registo geológico do mundo para o intervalo de tempo do período do jurássico inferior ou seja, o melhor registo a nível mundial da transição entre os intervalos de tempo Pliensbaquiano-Toarciano (andares do Jurássico).

A península de Peniche, em termos geológicos, mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa. Apartir dos estudos no estratotipo de Peniche concluiu-se que no jurássico inferior a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existia ambiente marinho.
Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada à volta dos 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico,  a península de Peniche ocupa um irrefutável valor científico à escala planetária, pois apresenta exemplos únicos da história geológica do período Jurássico.
 Outros aspectos notáveis (mineralogia, geoquímica, litologias, estrutura, etc) :
            O Jurássico Inferior está bem representado no sector ocidental da Peninsula Ibérica (Bacia Lusitânica), através de séries carbonatadas marinhas, por vezes muito fossilíferas. Parte dessa sucessão, concretamente o Pliensbaquiano e o Toarciano,corresponde a alternâncias marga/calcário, incluídas nas formações de Ponta do Trovão A particularidade da sedimentação pliensbaquiana, rica em matéria orgânica (Formação de Vale das Fontes),e as mudanças sedimentológicas verificadas entre o o Pliensbaquiano terminal e o Toarciano médio, têm potenciado vários trabalhos de natureza geoquímica. Neste contexto propõe-se uma visita ao perfil de Peniche, de referência internacional, discutindo-se vários aspectos relacionados com a geoquímica orgânica e isotópica (isótopos estáveis de carbono e oxigénio), integrando toda essa informação em termos do ambiente deposicional, o seu contexto à escala global e o potencial de geração de hidrocarbonetos.

  *Estratotipo -Sucessão de camadas de rochas, selecionada por comitê autorizado de correlação geológica, com limites bem identificados em localidade-tipo e que serve como padrão de correlação e de comparação com unidades cronoestratigráficas ou litoestratigráficas equivalentes.

  * Pliensbaquiano - Na escala de tempo geológico, o Pliensbaquiano é a idade da época Jurássica Inferior do período Jurássico da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 189 milhões e 600 mil e 183 milhões de anos atrás, aproximadamente. A idade Pliensbaquiano sucede a idade Sinemuriana e precede a idade Toarciana, ambas de sua época.
   * Toarciano - Na escala de tempo geológico, o Toarciano é a idade da época Jurássica Inferior do período Jurássico da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 183 milhões e 175 milhões e 600 mil anos atrás, aproximadamente. A idade Toarciana sucede a idade Pliensbaquiano de sua época e precede a idade Aaleniana da época Jurássica Média de seu período.

Referências das fontes consultadas:
-http://publico.pt/Local/peniche-ponta-do-trovao-tem-valor-geologico-mundial-1276957,
-http://www.forum.pt/blogue-semana-tanto-mar/blogue-semana-tanto-mar/2118
-http://www2.fc.up.pt/XCGPLP2010/sites/default/files/Excursao_geoquimica.pdf
-http://pt.wikipedia.org

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

NNicolas Steno e a Estratigrafia



Nicolas Steno (1638-1686)
Nicolas Steno nasceu como Niels Stensen, mas ele é mais conhecido pelas formas latinizada do seu nome, Nicolas Stenonis ou Nicolas Steno. Natural de Copenhague, na Dinamarca, Steno deixou a Dinamarca em 1660 para estudar medicina na principal centro de educação médica de seu tempo, a Universidade de Leiden, na Holanda. Depois de uma passagem breve em Paris e Montpelier, mudou-se para Florença, Itália em 1665. Seus estudos em anatomia atraiu a atenção do grão-duque da Toscana, Ferdinand II, que também era um mecenas das ciências. Duque Ferdinand nomeado para um cargo Steno hospital que o deixou bastante tempo para sua pesquisa. Steno também foi eleito para a Accademia del Cimento (Experimental Academy), um corpo de pesquisadores inspirados pela abordagem experimental e matemático de Galileu para a ciência.
Estudos anatômicos Steno centrou-se em primeiro lugar no sistema muscular e da natureza da contração muscular - por exemplo, ele usou a geometria para mostrar que um músculo contrair muda de forma, mas não o seu volume. No entanto, em Outubro de 1666, dois pescadores pegou um tubarão enorme perto da cidade de Livorno, e Duque Ferdinand ordenou a sua cabeça para ser enviado para Steno. Steno dissecou-lo e publicou suas descobertas em 1667. Ao examinar os dentes do tubarão, Steno foi atingido por sua semelhança com certos objetos de pedra, chamado glossopetrae ou "pedras língua", que foram encontrados em certas rochas. Autoridades antigas, como o autor romano Plínio, o Velho, haviam sugerido que estas pedras caiu do céu ou da lua. Os outros eram da opinião, também vai voltar aos tempos antigos, que os fósseis cresceu naturalmente nas rochas. Contemporâneo de Steno Athanasius Kircher, por exemplo, atribuído fósseis para uma "virtude lapidifying difundida por todo o corpo do geocosm". Steno, no entanto, argumentou que glossopetrae parecia dentes de tubarão porque eram dentes de tubarão, que tinha vindo da boca de uma vez vivo tubarões, e chegou a ser enterrado na lama ou na areia que estava agora a terra seca. Houve diferenças na composição entre glossopetrae e dentes de tubarões vivos ", mas Steno usado a" teoria corpuscular da matéria ", um precursor da teoria atômica, para argumentar que os fósseis podem ser alterados na sua composição química sem alterar sua forma.
Steno conclusão pode parecer tão descaradamente óbvio a ponto de ser insignificante. Além disso, Steno não foi a primeira pessoa a link "pedras língua" com dentes de tubarão. Contemporâneos Steno Robert Hooke e John Ray também argumentou que os fósseis eram restos de uma vez por organismos vivos. O italiano Fabio Colonna naturalista havia afirmado que "pedras língua" eram dentes de tubarão em um livro publicado em 1616, e outros haviam notado a semelhança até mesmo antes. No entanto, é importante lembrar que os dentes de tubarão, e alguns outros fósseis, tais como moluscos relativamente jovem e caracóis, são "fósseis fácil" - eles se assemelham a organismos vivos muito de perto. Um grande número de fósseis não se parecem com os organismos vivos conhecidos em tudo. Eles podem ser preservados de uma maneira não comum, pois eles podem representar apenas uma parte ou fragmento de um organismo, eles podem pertencer a taxa de extintos; e / ou os seus homólogos da vida pode ser desconhecido ou desconhecida. No tempo de Steno, na verdade, a palavra "fóssil" poderia significar praticamente qualquer coisa cavado a partir da Terra. Naturalistas nem sempre distinguir entre "fósseis" que se assemelhava a organismos vivos, e "fósseis", tais como cristais e minérios que se formaram no interior da Terra. Por todas estas razões, a distinção entre os objetos encontrados em rochas foram e não foram outrora organismos vivos - se, de fato, qualquer um deles foram - não era nada óbvio no século XVII.
O trabalho de Steno sobre os dentes de tubarão levou-o para a questão mais geral de como um objecto sólido poderia vir a ser encontrada dentro de outro objeto sólido, como uma rocha ou uma camada de rocha. Os "corpos sólidos dentro de sólidos", que atraiu o interesse de Steno incluíam não apenas fósseis como nós defini-los hoje, mas os minerais, cristais, incrustações, veias, e até camadas de rocha inteira ou estratos. Idéias Steno sobre como estas poderiam formar foram publicados em 1669, sob o título De solido intra solidum naturaliter contento dissertationis Prodromus, ou discurso preliminares para uma dissertação sobre um corpo sólido naturalmente contido dentro de um sólido. (O título do livro é muitas vezes abreviado para simplesmente Prodromus.)
Supondo-se que todas as rochas e os minerais haviam sido fluidos, Steno argumentou que estratos de rochas e depósitos semelhantes foram formadas quando partículas em um fluido como a água caiu para o fundo. Este processo deixaria camadas horizontais. Assim princípio Steno de estados horizontalidade original que forma camadas de rochas na posição horizontal, este tambem é conhecido por "
Princípio de cronologia relativa que estabelece que os sedimentos são sempre depositados em camadas horizontais, isto é, os sedimentos depositam-se horizontalmente à medida que vão chegando à bacia sedimentação, por efeito gravítico. Qualquer fenómeno geológico que altere a horizontalidade é sempre posterior à sedimentação.
                                                    

Steno afirmou um outro princípio, mais geral da seguinte forma:
   
Se um corpo sólido é fechado em todos os lados por um outro corpo sólido, dos dois corpos que primeiro se tornou difícil que, em contato mútuo, expressa em sua própria superfície das propriedades da superfície de outro.
Em outras palavras: um objeto sólido fará com que todos os sólidos que formam em torno dela mais tarde para estar de acordo com sua própria forma. Steno foi capaz de mostrar por este raciocínio que os fósseis e cristais devem ter solidificado antes da rocha hospedeira que os contém se formou . Se uma "pedra língua" tinha crescido dentro de uma rocha, que teria sido distorcido pela rocha envolvente, em grande parte da mesma maneira que uma raiz de árvore é distorcida por crescer em uma fenda na terra. Em vez disso, a "pedra língua" deve ter sido enterrado em sedimentos moles que endureceu mais tarde. Veias (mineral cheia de rachaduras) e muitos cristais, por outro lado, deve ter se formado após a rocha circundante foi um sólido, porque muitas vezes eles se mostram irregularidades de forma causado por ter se conformar com as rochas que circundam sólido. Estes, Steno argumentou, deve ter crescido de fluidos de percolação no interior da Terra, da mesma forma que os cristais poderiam ser feitas para crescer em experiências químicas. Finalmente, no caso dos estratos, camadas em cima de um conjunto de estratos adaptar à forma de camadas inferiores. . . e, portanto, em um conjunto de camadas, as  camadas
mais jovem devem ser as do topo, e as mais velhas devem ficar no fundo. Esta conclusão resulta igualmente do raciocínio Steno do que as rochas formam estratos quando as partículas saem de suspensão em um líquido - mas também se aplica a rochas que não fazem desta forma, como muitas rochas ígneas. Este é agora referido como lei de Steno de superposição: camadas de rocha são dispostos em uma seqüência temporal, com o mais velho no fundo eo mais novo no topo, a menos que os processos mais tarde perturbar esse arranjo. É a contribuição mais famosa de Steno para a geologia.



 

  Princípio da continuidade lateral, no contexto da geologia, é um dos três princípios de Steno que definem a estratigrafia. De acordo com a definição, as camadas de sedimentos são contínuas e estendem-se até a margem de bacia de acumulação, ou se afinam lateralmente.





 Steno percebeu que outros processos geológicos poderia criar exceções aparentes de suas leis de sobreposição e horizontalidade. Ele argumentou que a formação de cavernas pode remover parte de uma camada inferior, e que o colapso de uma caverna pode transportar grandes pedaços de uma camada superior para baixo. Ele reconheceu que as rochas podem ser erguidas por forças subterrâneas. Geólogos reconhecem agora que a inclinação, dobradura e falha também pode complicar a análise de uma seqüência estratigráfica. Rocha derretida pode forçar seu caminho através das rochas circundantes e às vezes pode espremer entre as camadas mais antigas das rochas, formando também uma exceção à leis . No entanto, tais anomalias deixar evidências físicas nas rochas perturbado, por exemplo, camadas de rocha cortadas pelas falhas, quebradas, ou se metamorfizadas ao longo da linha de falha.
Também deve ser lembrado que a lei de Steno é uma declaração de tempo relativo, não absoluto do tempo: duas camadas de rocha, em princípio, poderia ter se formado milhões de anos de diferença ou algumas horas ou dias de intervalo. Steno se viu nenhuma dificuldade em atribuir a formação da maioria das rochas do dilúvio mencionado na Bíblia. No entanto, ele notou que, dos dois principais tipos de rochas nas montanhas dos Apeninos perto de Florença, as camadas inferiores não tinham fósseis, enquanto os superiores eram ricas em fósseis. Ele sugeriu que as camadas superiores haviam formado no Dilúvio, após a criação da vida, enquanto as mais baixas tinha formado antes que a vida tivesse existido. Este foi o primeiro uso da geologia para tentar distinguir diferentes períodos de tempo na história da Terra.



Apesar de uma carreira relativamente breve científica, o trabalho de Nicolas Steno sobre a formação de camadas de rochas e os fósseis que elas contêm foi crucial para o desenvolvimento da geologia moderna. Os princípios ( lei de sobreposição, e dos princípios de horizontalidade original, lei da continuidade lateral : os três princípios básicos da estratigrafia) afirmou continuar a ser utilizados hoje pelos geólogos e paleontólogos


Nicolas Steno essencialmente abandonou a ciência após a sua conversão ao catolicismo em 1667, para o desespero de alguns de seus colegas cientistas. Ele foi ordenado padre em 1675. Em 1677, tornou-se bispo titular, e passou o resto de sua vida ministrando à minoria populações católicas romanas no norte da Alemanha, Dinamarca e Noruega. Ele nunca escreveu o maior trabalho para o qual seu Prodromus foi criado para servir apenas como uma introdução. No entanto, seu Prodromus breve foi reconhecido como uma contribuição importante em seu próprio direito, que foi amplamente divulgado e traduzido para o Inglês. Os dados e conclusões que Steno estendeu no seu "discurso preliminar" foram suficientes para lhe renderam o título de "Pai da Estratigrafia".