domingo, 8 de janeiro de 2012

Estratotipo de Peniche (Ponta do Trovão)

Estratotipo de Peniche(ponta do trovão)
Classificado pela Comissão Internacional de Estratigrafia ( organismo pertencente à International Union of Geological Sciences (IUGS) tutelado pela UNESCO) como o estratotipo do limite Pliensbaquiano/Toarciano — um padrão à escala mundial entre dois dos andares do período Jurássico com cerca de 183 milhões de anos.
localização geográfica:
-Ponta do Trovão em Peniche (Portugal)

Conclui-se que este é o local que apresenta o melhor registo geológico do mundo para o intervalo de tempo do período do jurássico inferior ou seja, o melhor registo a nível mundial da transição entre os intervalos de tempo Pliensbaquiano-Toarciano (andares do Jurássico).

A península de Peniche, em termos geológicos, mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa. Apartir dos estudos no estratotipo de Peniche concluiu-se que no jurássico inferior a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existia ambiente marinho.
Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada à volta dos 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico,  a península de Peniche ocupa um irrefutável valor científico à escala planetária, pois apresenta exemplos únicos da história geológica do período Jurássico.
 Outros aspectos notáveis (mineralogia, geoquímica, litologias, estrutura, etc) :
            O Jurássico Inferior está bem representado no sector ocidental da Peninsula Ibérica (Bacia Lusitânica), através de séries carbonatadas marinhas, por vezes muito fossilíferas. Parte dessa sucessão, concretamente o Pliensbaquiano e o Toarciano,corresponde a alternâncias marga/calcário, incluídas nas formações de Ponta do Trovão A particularidade da sedimentação pliensbaquiana, rica em matéria orgânica (Formação de Vale das Fontes),e as mudanças sedimentológicas verificadas entre o o Pliensbaquiano terminal e o Toarciano médio, têm potenciado vários trabalhos de natureza geoquímica. Neste contexto propõe-se uma visita ao perfil de Peniche, de referência internacional, discutindo-se vários aspectos relacionados com a geoquímica orgânica e isotópica (isótopos estáveis de carbono e oxigénio), integrando toda essa informação em termos do ambiente deposicional, o seu contexto à escala global e o potencial de geração de hidrocarbonetos.

  *Estratotipo -Sucessão de camadas de rochas, selecionada por comitê autorizado de correlação geológica, com limites bem identificados em localidade-tipo e que serve como padrão de correlação e de comparação com unidades cronoestratigráficas ou litoestratigráficas equivalentes.

  * Pliensbaquiano - Na escala de tempo geológico, o Pliensbaquiano é a idade da época Jurássica Inferior do período Jurássico da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 189 milhões e 600 mil e 183 milhões de anos atrás, aproximadamente. A idade Pliensbaquiano sucede a idade Sinemuriana e precede a idade Toarciana, ambas de sua época.
   * Toarciano - Na escala de tempo geológico, o Toarciano é a idade da época Jurássica Inferior do período Jurássico da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 183 milhões e 175 milhões e 600 mil anos atrás, aproximadamente. A idade Toarciana sucede a idade Pliensbaquiano de sua época e precede a idade Aaleniana da época Jurássica Média de seu período.

Referências das fontes consultadas:
-http://publico.pt/Local/peniche-ponta-do-trovao-tem-valor-geologico-mundial-1276957,
-http://www.forum.pt/blogue-semana-tanto-mar/blogue-semana-tanto-mar/2118
-http://www2.fc.up.pt/XCGPLP2010/sites/default/files/Excursao_geoquimica.pdf
-http://pt.wikipedia.org

Sem comentários:

Enviar um comentário